A Casa Branca retirou nesta quarta-feira (9) as ordens executivas do ex-presidente Donald Trump (2017-2021) que tentavam banir os populares aplicativos chineses TikTok e WeChat. O governo Biden conduzirá sua própria análise com o objetivo de identificar riscos de segurança nacional em aplicativos vinculados à China.
Um comunicado da Casa Branca disse que, em vez de banir os aplicativos populares, o governo Biden levaria a cabo uma "estrutura de decisão baseada em critérios e uma análise rigorosa e fundamentada em evidências para lidar com os riscos" de aplicativos da Internet controlados por entidades estrangeiras.
Uma nova ordem executiva do presidente dos EUA, Joe Biden, instrui o Departamento de Comércio norte-americano a realizar o que os funcionários da Casa Branca descrevem como uma análise "baseada em evidências" de transações envolvendo aplicativos que são fabricados ou fornecidos ou controlados pela China. As autoridades dos EUA estão particularmente preocupadas com aplicativos que coletam dados pessoais dos usuários ou têm conexões com atividades militares ou de inteligência chinesas, reporta a agência AP.
Departamento de Comércio dos EUA também fará recomendações sobre como proteger as informações genéticas e de saúde pessoais dos norte-americanos e abordará os riscos de certos aplicativos de software conectados à China ou outros adversários, afirmaram altos funcionários da administração à mídia.
Guerra contra aplicativos
Em setembro do ano passado, a empresa chinesa ByteDance, proprietária do aplicativo TikTok, entrou com uma queixa no tribunal distrital federal dos EUA contestando a decisão de Washington de bloquear downloads do aplicativo nos EUA.
A queixa judicial havia sido uma resposta às ordens executivas do então presidente Donald Trump que impediam efetivamente os usuários dos EUA de baixarem o TikTok e o WeChat a partir de 20 de setembro de 2020. Trump tinha definido 12 de novembro do ano passado como prazo para o TikTok encontrar um parceiro dos EUA ou encerrar suas atividades no país.
Trump acusava o TikTok e o WeChat de serem ferramentas do Partido Comunista Chinês e afirmava que os usuários desses aplicativos nos EUA poderiam ter seus dados pessoais roubados, algo negado pelos chineses.