Segundo um documento enviado à CPI da Covid sobre a visita da comitiva brasileira a Israel no dia 9 de março, que contava com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), o deputado, no encontro, sinalizou ao Parlamento israelense a vontade do governo brasileiro de transferir a Embaixada do Brasil para Jerusalém, assim como teria classificado o Hezbollah como organização terrorista, segundo o blog de Lauro Jardim em O Globo.
Na época, a comitiva, coordenada pelo ex-chanceler Ernesto Araújo, foi encontrar com Yariv Levin, presidente do Knesset (o Parlamento de Israel), para tratar da compra do spray israelense contra a COVID-19. No entanto, após a visita, o Brasil decidiu não fazer a compra do spray, conforme noticiado em 14 de maio.
De acordo com o documento produzido sobre a viagem pelo Itamaraty e enviado à CPI, Eduardo repetiu a promessa de Jair Bolsonaro de transferir a embaixada brasileira para a cidade de Jerusalém. O deputado teria dito que acreditava em seu anúncio, embora não haja uma data prevista, relata a mídia.
Sobre o Hezbollah, o deputado proferiu que esperava a declaração do Brasil, em breve, classificando o grupo como entidade terrorista.
Segundo ele, a participação brasileira na Força-Tarefa Marítima da UNIFIL, no Líbano, havia criado empecilhos para uma postura mais assertiva do país, mas com o término da mesma, há agora abertura para tratar do assunto.
No documento, também consta um reforço feito pelo deputado na importância da parceria Israel-Brasil e, como exemplo do novo momento das relações, Eduardo citou "a usual presença de bandeiras israelenses durante manifestações de apoio ao governo", segundo a mídia.