ButanVac: Anvisa autoriza testes em humanos da vacina contra a COVID-19
Nesta quarta-feira (9), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que o Instituto Butantan realize testes da sua vacina contra a COVID-19 em humanos. "Esta será a primeira vez que a ButanVac será aplicada em humanos e, por isso, serão conduzidas as fases clínicas 1 e 2", informou a Anvisa. As duas fases se dividem em três etapas. No primeiro momento, 400 voluntários vão participar do estudo, que deve envolver 6 mil voluntários com mais de 18 anos, em todo o território nacional. Com um intervalo de 28 dias, o imunizante é administrado em duas doses. A ButanVac é primeira vacina contra a COVID-19 produzida no país sem que seja necessária a importação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA).
- No mesmo dia (9), as autoridades do São Paulo anunciaram a antecipação em duas semanas da vacinação de toda a população adulta. Assim, a campanha de imunização geral vai começar em 16 de junho para as pessoas da faixa etária entre 55 e 59 anos (1,2 milhão de pessoas). A partir de hoje (10), se inicia a vacinação de um milhão de pessoas com deficiência permanente (sem BPC) e também de 400 mil grávidas e puérperas sem comorbidades. O Brasil confirmou mais 2.484 mortes e 86.854 casos de COVID-19, totalizando 479.791 óbitos e 17.125.357 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Aberta sessão virtual do STF para decidir futuro da Copa América
À meia-noite de hoje (10), começou a sessão virtual extraordinária do Supremo Tribunal Federal (STF), cujo objetivo é decidir a realização do Campeonato Sul-Americano de Futebol no Brasil. O ministro do STF, Ricardo Lewandowski, votou a favor da competição no país. "O anúncio, que poderia ser motivo de júbilo e comemoração, acabou causando compreensível perplexidade em diversos setores da sociedade brasileira", afirmou ele, citado pelo portal UOL, admitindo uma crise epidemiológica no país. No entanto, ele não expressou sua oposição ao torneio, mas pediu do governo federal um plano de segurança contra a COVID-19 durante a Copa América. A sessão durará 24 horas, até as 23h59 de quarta-feira (10), para que todos os ministros apresentem seus posicionamentos sobre o assunto.
Pfizer fornecerá 500 milhões de doses de vacinas para EUA doarem a países pobres
Nesta quarta-feira (9), a farmacêutica Pfizer e seu parceiro alemão BioNTech anunciaram ter acordado entregar ao governo dos EUA 500 milhões de doses de sua vacina contra o coronavírus para doação aos países pobres durante os próximos dois anos. Anteriormente, The Washinton Post informou que o presidente norte-americano Joe Biden deve anunciar o plano de doação de vacinas ao mundo na reunião do G7 no Reino Unido. As duas farmacêuticas vão entregar 200 milhões de doses em 2021 e mais 300 milhões de doses na primeira metade de 2022, vacinas que os EUA vão então distribuir por 92 países de menor renda e à União Africana. "Nossa parceria com o governo dos EUA vai ajudar a fornecer milhões de doses de nossa vacina aos países mais pobres em todo o mundo o mais rápido possível", disse o CEO da Pfizer, Albert Bourla. As doses serão fornecidas sem fins lucrativos, de acordo com ele.
Biden avisará premiê britânico sobre questão da Irlanda do Norte
Nesta quinta-feira (10), o presidente dos EUA, Joe Biden, deve se reunir com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, na Cornualha, antes da cúpula do G7, prevista para 11-13 de junho no Reino Unido. Johnson terá de enfrentar a pressão de Biden para resolver o chamado Protocolo da Irlanda do Norte - questão que tem prejudicado as negociações comerciais após o Brexit entre o Reino Unido e a União Europeia. O documento afirma que a Irlanda do Norte continuará a fazer parte do território aduaneiro do Reino Unido. De acordo com palavras do assessor de Biden, Jake Sullivan, "esse acordo precisa ser protegido, e quaisquer passos que o ponham em perigo ou prejudiquem não serão bem-vindos pelos EUA". Sullivan também disse que o presidente vai fazer declarações no tocante do assunto, mas sem "ameaças ou ultimatos".
Ministros dos EUA e China discutem comércio de forma 'franca'
O ministro do Comércio da China, Wang Wentao, e sua homóloga norte-americana, Gina Raimondo, tiveram uma conversa telefônica nesta quarta-feira (9), com objetivo de trocar opiniões sobre o comércio entre os dois Estados, informou a televisão estatal chinesa CCTV. Segundo esta, os lados tiveram uma discussão franca e pragmática sobre questões de interesse mútuo, sublinhando a importância do diálogo entre os EUA e China no âmbito do comércio. Os ministros também concordaram em promover o desenvolvimento saudável da cooperação prática no comércio e investimento e em resolver racionalmente as diferenças existentes. Vale destacar que a conversa ocorreu após o Senado dos EUA ter aprovado um plano de US$ 250 bilhões (R$ 1.259 bilhões) para manter a competitividade tecnológica com a China. Entretanto, segundo os dados da Administração Geral das Alfândegas chinesa, o comércio entre os dois países aumentou 52,3%, para US$ 279,64 bilhões (R$ 1.416 bilhões), nos primeiros cinco meses de 2021 em comparação com o ano anterior.
'Nord Stream 2 será construído', diz vice-chanceler russo após declarações de Blinken
Nesta quinta-feira (10), o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, confirmou que o projeto do gasoduto Nord Stream 2 será realizado, afirmando que as declarações norte-americanas não afetarão o posicionamento de Moscou em relação ao assunto. Ontem (9), o Departamento do Estado dos EUA anunciou que Washington vai fazer "todo o possível" para que o Nord Stream 2 não se torne "uma arma política de Moscou". O secretário de Estado, Antony Blinken, disse que Washington está discutindo ativamente com o lado alemão a indenização de possíveis perdas de trânsito de combustível sofridas por Kiev por causa do gasoduto, que contorna a Ucrânia. Em resposta, o vice-chanceler russo ressaltou: "Eles só nos fortalecem no fato de que estamos no caminho certo - o Nord Stream 2 será construído!", adicionando que "o tempo passará e as próximas gerações, incluindo as dos EUA, perceberão que aqueles que garantiram a segurança energética da Europa durante décadas estavam certos, inclusive através da implementação deste projeto".