Sonda da NASA capta imagens mais aproximadas, em 20 anos, do maior satélite de Júpiter (FOTOS)

© AP Photo / NASAFoto de Ganímedes, maior satélite de Júpiter, tirada em junho de 2000 pela espaçonave Galileo da NASA
Foto de Ganímedes, maior satélite de Júpiter, tirada em junho de 2000 pela espaçonave Galileo da NASA - Sputnik Brasil, 1920, 10.06.2021
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A sonda Juno da NASA, que estuda a estrutura e as origens de Ganímedes, fez sua aproximação máxima ao maior satélite de Júpiter desde 2000, informa a agência espacial norte-americana.

Depois de orbitar Júpiter desde 2016, a NASA relatou que sua sonda Juno passou na segunda-feira (7) por Ganímedes, o maior satélite do planeta gasoso, se aproximando a 1.038 km dele. A Juno tirou cinco fotos do corpo celeste durante alguns minutos.

A agência espacial norte-americana divulgou as duas primeiras fotos de Juno na terça-feira (8), destacando a estrutura detalhada de Ganímedes. Uma mostra o lado distante do satélite, voltado para o Sol. As fotos, uma feita pela JunoCam, e a outra por sua câmera de navegação, chamada de Unidade de Referência Estelar, mostram a superfície com detalhes notáveis, incluindo crateras, terreno claramente distinto, escuro e brilhante, e longas linhas estruturais, possivelmente ligadas a falhas tectônicas.

Olá, velho amigo. Ontem, nossa missão de Juno fez o primeiro voo de perto de Ganímedes, a lua gigante de Júpiter, em mais de 20 anos, e as duas primeiras imagens foram recebidas na Terra. Haverá mais.

O gerador de imagens de luz visível da JunoCam, com seu filtro verde, captou quase um lado inteiro do satélite. Mais tarde, quando versões da mesma imagem incorporando os filtros vermelho e azul da câmera surgirem, os especialistas em imagem poderão fornecer um retrato colorido de Ganímedes.

"Este é o mais próximo que qualquer espaçonave chegou a esta lua gigantesca em uma geração. Vai levar tempo até tirarmos qualquer conclusão científica, mas, até lá, podemos simplesmente nos deslumbrar com esta maravilha celestial", disse Scott Bolton, investigador principal da missão Juno do Instituto de Pesquisa do Sudoeste em San Antonio, Texas, EUA, em um comunicado da NASA.

A Unidade de Referência Estelar, uma câmera de navegação que mantém a espaçonave no caminho certo, forneceu uma imagem a preto e branco do lado escuro de Ganímedes (o lado oposto ao Sol), banhado por uma luz fraca espalhada por Júpiter.

"As condições nas quais coletamos a imagem do lado escuro de Ganímedes eram ideais para uma câmera de baixa luminosidade como nossa Unidade de Referência Estelar. [...] Esta é uma parte da superfície diferente da que é vista pela JunoCam, sob a luz direta do Sol. Será divertido ver o que as duas equipes podem montar juntas", comentou no comunicado Heidi Becker, líder do monitoramento de radiação da Juno no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), Califórnia, EUA.

A última vez que uma espaçonave chegou tão perto do satélite foi em 2000, quando a sonda Galileo da NASA passou ao seu lado. Enquanto isso, a Juno enviará nos próximos dias mais imagens de seu voo sobre Ganímedes.

De acordo com a NASA, espera-se que o "encontro" da Juno com o corpo celeste ofereça conhecimentos sobre sua composição, ionosfera, magnetosfera e camada de gelo, fornecendo ao mesmo tempo medições da radiação, que beneficiarão futuras missões aos satélites de Júpiter.

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