Durante sua viagem ao Camboja, no dia 1º de junho, a vice-secretária de Estado, Wendy Sherman, levantou uma questão sobre a presença militar chinesa na Base Naval Ream, e pediu um esclarecimento sobre a demolição de edifícios financiados pelos EUA no local.
O primeiro-ministro, Hun Sem, acordou, após a visita de Sherman, em deixar a embaixada norte-americana conduzir visitas regulares, com o adido militar, coronel Marcus M. Ferrara, sendo convidado à base nesta sexta-feira (11).
"Durante esta visita curta, os militares oficiais cambojanos se recusaram a deixar o adido militar ter acesso total à Base Naval Ream", de acordo com comunicado da embaixada.
"Quando ficou claro que ele não teve acesso adequado à base, o coronel Ferrara terminou a viagem e pediu que os militares oficiais do Camboja remarcassem a visita com acesso total na primeira oportunidade", seguiu.
A embaixada disse que as visitas pelos representantes norte-americanos frequentes e regulares à base seriam um passo importante para uma maior transparência e confiança mútua.
O comandante da Base Naval Ream e o Ministério da Defesa do Camboja não comentaram a situação.
Os Estados Unidos suspeitam que o Camboja tenha intenções de deixar a base após sua modernização para as Forças Navais da China, o que fortaleceria as posições da frota chinesa no golfo da Tailândia e no mar do Sul da China, onde o país asiático tem disputas territoriais com Vietnã, Malásia, Filipinas e uma série de outros países.
As autoridades cambojanas, por sua vez, declararam repetidamente a Washington que não planejam criar nenhuma base naval estrangeira em seu território.