Alguns destes buracos negros supermassivos estão em uma fase luminosa chamada núcleos galácticos ativos (AGN, na sigla em inglês), quando de uma região compacta no centro de uma galáxia é emitida uma luminosidade muito superior à normal.
Os núcleos galácticos ativos acabarão por se queimar, uma vez que existe um limite máximo de massa para os buracos negros supermassivos, escreve portal EurekAlert!
Kohei Ichikawa, da Universidade de Tohoku, junto com a sua equipe de pesquisadores, teria descoberto um núcleo galáctico ativo que está no final de sua vida depois de capturar um sinal de AGN da galáxia Arp 187.
Através da observação das imagens de rádio na galáxia usando os radiotelescópios ALMA e VLA, eles detectaram um lóbulo de jato – uma vasta região de gás ionizado que é a característica distintiva de um núcleo galáctico ativo.
Discovery of a Dying Supermassive Black Hole Via a 3000-year-long Light Echohttps://t.co/LMV4MW6wWM
— NAOJ ALMA project (@NAOJ_ALMA_en) June 8, 2021
By combining data from ALMA, VLA and NuSTAR, astronomers succeeded in capturing the moment when an active galactic nuclei is ending its activity. pic.twitter.com/CwuRATBEqb
Descoberta de um buraco negro supermassivo moribundo através de um eco de luz de 3.000 anos. Combinando dados dos (radiotelescópios) ALMA, VLA e NuSTAR, astrônomos conseguiram captar o momento em que um núcleo galáctico ativo está terminando sua atividade.
No entanto, eles não notaram nenhum sinal do núcleo, o que pode indicar que a atividade de AGN pode já estar extinta.
Após uma análise mais profunda dos dados de multicomprimentos de onda, os pesquisadores descobriram que todos os indicadores de AGN de pequena escala estavam silenciosos, enquanto os de grande escala eram brilhantes. Isto ocorre porque o AGN se extinguiu recentemente – nos últimos 3.000 anos.
Uma vez que o núcleo galáctico ativo se extingue, as características de menor escala tornam-se fracas porque o suprimento de fótons também é interrompido. Mas a região de gás ionizado em grande escala ainda é visível, uma vez que leva cerca de 3 mil anos para os fótons chegarem à borda da região.
Isso significa que a referida vasta região de gás ionizado estava presente, mas no núcleo não havia nenhum sinal de atividade do buraco negro supermassivo.