De acordo com o especialista, Moscou tem em grande parte adiado o investimento em seu poder naval para fortalecer suas forças terrestres. No entanto, o país fez uma exceção no que diz respeito aos submarinos.
A Marinha russa mantém uma frota diversificada de submarinos. Há submersíveis que podem carregar mísseis balísticos com ogivas nucleares, alguns são armados com mísseis de cruzeiro antinavio, outros são submarinos de ataque, movidos tanto a energia nuclear como convencional, preparados para uma guerra submarina.
Mas todos eles são muito silenciosos quando se encontram submersos e, por isso, representariam um "desafio diabólico" para as marinhas ocidentais em caso de guerra, nota Thompson.
De acordo com o artigo, a União Europeia (UE) utiliza aviões obsoletos para detectar submarinos. Entretanto, os EUA podem vir a fornecer à UE novas aeronaves de reconhecimento e patrulhamento antissubmarino P-8 Poseidon.
Isto ajudaria no combate à "ameaça russa", aliviaria o fardo da Marinha dos EUA e criaria milhares de empregos para os americanos, opina colunista.
Thompson ressaltou que a compra de aviões americanos seria uma "grande oportunidade" para a administração Biden reforçar a liderança de Washington e resolver de forma "barata" várias tarefas estratégicas de uma só vez.
No início de maio, a Marinha da Rússia recebeu o navio líder do projeto Yasen-M, o cruzador submarino de mísseis de propulsão nuclear Kazan.
O Kazan será o primeiro submarino russo equipado com um reator nuclear de quarta geração, cujo núcleo pode ser usado por 25 a 30 anos sem reabastecimento. O novo reator também permite reduzir significativamente o nível de ruído.
O submarino nuclear do projeto 855M (Yasen-M) Kazan possui um deslocamento de 13,8 mil toneladas, profundidade de imersão de 520 metros, uma tripulação de 64 homens, autonomia de 100 dias, além de poder atingir uma velocidade de 31 nós (57 quilômetros por hora).