Portal Defense News, que cita um assessor do Senado dos EUA e uma fonte na Europa, afirma que esta posição está na linha dos comentários anteriores do secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, e é descrita em um projeto de comunicado que deverá ser divulgado na sequência da cúpula da OTAN.
Segundo a notícia, a decisão é considerada um possível mecanismo para reduzir tensões com a Rússia e dar início a um debate sobre o controle de armas antes da reunião entre Rússia e EUA marcada para 16 de junho.
Segundo o portal, a implantação pela OTAN de novos mísseis nucleares terrestres na Europa é apenas teórica. Após a reunião do Grupo de Planejamento Nuclear da aliança no ano passado, Stoltenberg afirmou que não havia planos para fazê-lo, embora ele tenha observado que vários membros planejavam adquirir sistemas adicionais de defesa antiaérea e antimíssil.
Vale recordar que o fim do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), um dos pilares do sistema internacional de controle de armas, ocorreu após a retirada unilateral dos EUA do acordo, em agosto de 2019.
Na ocasião, Washington acusou Moscou de violar os termos do tratado ao desenvolver e testar o míssil 9M729 (SSC-8, de acordo com a classificação da OTAN). Para Moscou, o alcance do míssil 9M729 é inferior a 500 quilômetros, por isso, seu desenvolvimento e testes seriam permitidos pelo Tratado INF.
A próxima cúpula da OTAN terá lugar em 14 de junho em Bruxelas, onde os participantes devem discutir questões relacionadas com Rússia e China e as alterações climáticas, entre outras.