Acredita-se que o Gunggamarandu maunala – como foi batizado o réptil pré-histórico, que significa "chefe do rio", das línguas nativas Barunggam e Waka Waka – tenha nadado nas águas da região por mais de cinco milhões de anos, reporta o ABC News.
Os pesquisadores descobriram o magnífico espécime de crocodilo através da análise dos restos de seu crânio encontrado na área ainda durante o século XIX.
© Foto / Jorgo Ristevski / Universidade de QueenslandFragmentos do crânio do crocodilo pré-histórico Gunggamarandu maunala
Fragmentos do crânio do crocodilo pré-histórico Gunggamarandu maunala
O Gunggamarandu maunala pertence ao grupo de crocodilos tomistomine, sendo tal grupo o primeiro a ser registrado no continente.
"Antes de nosso estudo, os fósseis de tomistomine foram descobertos em todos os continentes, exceto na Antártica e na Austrália", disse Jorge Ristevski, candidato a doutoramento na Universidade de Queensland, citado pela mídia. "Mas agora provamos que os tomistomines também estiveram aqui."
© Foto / Jorgo Ristevski / Universidade de QueenslandJorgo Ristevski pousando com parte do crânio fossilizado de crocodilo pré-histórico Gunggamarandu maunala
Jorgo Ristevski pousando com parte do crânio fossilizado de crocodilo pré-histórico Gunggamarandu maunala
Os tomistomines são conhecidos por seus focinhos longos e esguios, e mesmo que faltasse parte do focinho do fóssil em causa, os cientistas foram capazes de reconstruir sua forma, com base no resto da anatomia do crocodilo.
No entanto, ainda não se sabe ao certo o local exato onde o crânio foi descoberto e quem o descobriu.
Sobre as causas de sua extinção, Ristevski acredita que as mudanças climáticas do planeta tenham tido seu papel.