O presidente do Peru, Francisco Sagasti, rejeitou o uso da palavra "fraude" para caracterizar o segundo turno das eleições presidenciais do país, entre os candidatos Pedro Castillo, do Peru Livre, e Keiko Fujimori, da Força Popular.
"O que você tem que fazer é ter confiança [nas autoridades eleitorais], acho que não devemos nos apressar, muito menos usar palavras totalmente inapropriadas como fraude, e vamos esperar os resultados com tranquilidade, com calma", disse Sagasti, citado pelo portal RPP.
Com 99,992% das urnas apuradas, Castillo tem 50,125% dos votos válidos contra 49,875% de Fujimori, afirma o Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE, na sigla em espanhol). A diferença atual é de 44.185 votos.
Fujimori denunciou que existe uma "fraude" em desenvolvimento, embora sem apresentar evidências que sustentem sua afirmação.
Por outro lado, o presidente Sagasti indicou que se reuniu com observadores eleitorais da Organização dos Estados Americanos (OEA), que, como as demais organizações que supervisionaram o processo eleitoral, destacou a transparência das eleições.
"Foram eles [OEA] que nos reafirmaram que tanto no primeiro como no segundo turno o processo eleitoral tem transcorrido sem manchas e sem problemas. Além disso, eles também nos indicaram que as lições e as recomendações que nos deram depois do primeiro turno foram aplicadas em termos de horas de votação, protocolos de saúde, etc.", explica Sagasti.
O Júri Nacional Eleitoral (JNE) antes de proclamar o vencedor está revisando as impugnações apresentadas por cada lado, principalmente pela candidata Fujimori.
"Continuam pedindo para derrubar a eleição [...]. Nós estamos aguardando pacientes um resultado", afirmou Pedro Castillo nesta terça-feira (15) a correspondentes internacionais na sede de seu partido em Lima.