Nesta quarta-feira (16), o Ministério de Ecologia e Meio Ambiente da China declarou que foi detectado um aumento dos níveis de radiação no circuito primário do reator nº 1 da usina nuclear de Taishan, contudo, ele não superou as normas de segurança.
O aumento foi causado por um dano em um pequeno número de barras de combustível, de acordo com o ministério chinês, que ressaltou que o episódio é algo normal durante a produção, transporte ou carga do combustível.
Estima-se que aproximadamente cinco das mais de 60 mil barras de combustível no reator foram danificadas, ou seja, menos de 0,01%, enquanto as normas permitem 0,25%.
Planeja-se adicionar ao complexo outros seis novos tanques, com capacidade para 270.000 metros cúbicos cada, bem como outras instalações complementareshttps://t.co/nsfnDdVh1F
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) June 14, 2021
As autoridades afirmaram que não foi detectada nenhuma fuga de radiação em Taishan e que não aumentaram os limites aceitáveis para os níveis de radiação nas proximidades da usina.
"O monitoramento ambiental nas imediações da usina de Taishan não encontrou parâmetros anormais [...] mostrando que nenhuma fuga ocorreu", observou o ministério chinês, citado pela Reuters.
A declaração ocorreu depois de o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, declarar na terça-feira (15), sobre a fuga de gases na usina, que não havia "anormalidades" nos níveis de radiação.
Por sua vez, a empresa Framatome, parceira na gestão da usina, afirmou na segunda-feira (14) que estaria "ajudando a resolver um problema de funcionamento" em Taishan.
"De acordo com os dados disponíveis, a usina está operando dentro dos parâmetros de segurança", explicou.
A usina de Taishan, localizada a mais de 100 quilômetros de Hong Kong, foi construída em 2019 e possui dois reatores, que foram projetados na França.