As Forças de Defesa de Israel (FDI) limitarão substancialmente sua prática controversa de conduzir operações de coleta de informações em casas palestinas, anunciou um comunicado da instituição, citado na quarta-feira (16) pelo jornal The Times of Israel.
"Agora, e de acordo com a atual avaliação de segurança, a atividade de 'mapeamento de estruturas' não será mais usada na Judeia e Samaria, exceto em circunstâncias extraordinárias", dizem as FDI, se referindo à Cisjordânia por seu nome bíblico.
O "mapeamento de casas" tem sido uma prática comum, mas controversa, utilizada por Israel para garantir a segurança na Cisjordânia. Os militares há muito que vêm defendendo tais operações como um importante instrumento de coleta de informações, enquanto grupos de direitos humanos condenam a prática como arbitrária e invasiva.
Em tais operações, os soldados israelenses entram em uma casa palestina praticamente sem aviso, muitas vezes no meio da noite, para reunir informações sobre o edifício e seus moradores. Os soldados frequentemente acordam os moradores, ordenando-lhes que saiam da cama para tirar fotos e registrar números de identificação.
As FDI se recusam a explicar como as casas são escolhidas para tais operações, alegando que não revelam os critérios por razões de segurança. Foi referido ainda que a prática continuará de forma mais limitada, nos casos em que "haja uma necessidade concreta de segurança operacional. Mas cada ação individual exigirá a permissão dos comandantes israelenses seniores".
Grupos de direitos humanos de esquerda, que há muito criticam a prática, elogiaram a decisão como um "sucesso importante".
"As invasões domiciliares são algumas das práticas mais cruéis e generalizadas experimentadas pelos palestinos que vivem sob ocupação. Mesmo que esta prática continue, pelo menos paramos o mapeamento de estruturas", comentou em um tweet Lior Amihai, que dirige o grupo de direitos humanos Yesh Din.