Durante grandes jogos de guerra African Lion no Marrocos, a força internacional liderada pelos EUA disse ter praticado ataques aos sistemas de defesa antiaérea S-400, fabricados pela Rússia, e ao serviço da Argélia.
A menção da simulação de ataques contra o S-400 foi feita em um exercício do Posto de Comando em Agadir, Marrocos, na última quarta-feira (9), cujo vídeo foi postado pelo Pentágono.
"Foram realizados dois ataques contra esses dois S-400", diz uma pessoa na sala de briefing durante o vídeo, acrescentando que eles "ainda estão aguardando avaliações de danos de ataque do combate de ontem".
O exercício foi realizado pela Força-Tarefa do Sul da Europa-África, uma formação do Exército dos EUA que substituiu em novembro de 2020 o corpo militar na África. Nunca foi referido que armas foram usadas para o ataque, mas é provável que tenham sido os sistemas de lançamento múltiplos de foguetes HIMARS, que aparecem em outros artigos de veículos de imprensa sobre o evento.
No entanto, também é possível que outro exército que não o dos EUA tenha realmente realizado o ataque aos S-400. A Força Aérea do Marrocos comprou mísseis AGM-88 norte-americanos, que são usados para atacar radares inimigos, e podem ser transportados por caças-bombardeiros F-16 C/D Falcon, também comprados dos EUA.
O portal The Drive observa que não é claro se a Argélia, vizinho e rival regional do Marrocos, obteve sistemas S-400, o que significa que o exercício não é necessariamente destinado às Forças Armadas argelinas. Ela tem o ligeiramente mais antigo S-300PMU-2, que tem aparência bastante semelhante ao S-400, criando ambiguidade em relatos que alegam mostrar que a Argélia obteve os S-400.
Washington se opôs à proliferação dos S-400 em todo o mundo, sancionando ou ameaçando sancionar várias nações por comprá-los, incluindo suas aliadas Turquia e Índia, e é possível que a Argélia também os tenha obtido.