Nesta quarta-feira (16), o Tribunal Regional Federal da 2ª Região aceitou denúncia e tornou réus o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, sua esposa, Helena Witzel, o pastor Everaldo Dias Pereira, o ex-secretário da Saúde, Edmar Santos e mais oito pessoas, segundo o UOL.
Todos são acusados de crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitações, peculato e lavagem de dinheiro.
A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal, na qual o ministério acusa os réus de montarem uma organização criminosa de rede complexa de empresas constituídas por pessoas próximas ao então governador, que teriam realizado pagamentos sistemáticos de propina a diversos agentes, com intuito de fechar ou manter seus contratos com o governo do estado, de acordo com a mídia.
Em fevereiro deste ano, antes de sofrer impeachment, Witzel já tinha passado à condição de réu em outro processo, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na ação, decorrente da Operação Tris in Idem, o ex-governador responde a acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.
A operação apontou que o ex-governador teria recebido, por intermédio do escritório de advocacia da mulher, Helena Witzel, pelo menos R$ 554,2 mil em propina, segundo o G1.
Em 30 de abril, além do afastamento definitivo de Wilson Witzel do cargo de governador do estado do Rio de Janeiro, o Tribunal Especial Misto encarregado do julgamento do impeachment também aprovou a inelegibilidade do político por cinco anos, conforme noticiado.
O ex-governador também conta com quatro denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o mesmo STJ. A primeira delas foi recebida pela Corte superior porque o político ainda estava no cargo de governador.