Os humanos tiveram um salto civilizacional há 50.000 anos, mais cedo do que se acreditava, afirma uma equipe de cientistas de Israel, Alemanha, França e Portugal.
Segundo a pesquisa, publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, é a partir do Levante, no Oriente Médio, que o homo sapiens começa a se expandir para a Europa, a Ásia e a Oceania. O local, Boker Tachtit, no deserto de Negev, Israel, é considerado o lugar-chave para estudar a transição entre o Paleolítico Médio e o Paleolítico Superior, que começou 50.000 anos atrás, e marcou o início de novas tecnologias culturais.
Os cientistas usaram datação por radiocarbono de alta resolução das peças de carvão, e a datação por luminescência estimulada opticamente (ou datação OSL) dos grãos de quartzo encontrados no deserto de Negev, e descobriram que a fase de transição se iniciou 50.000 anos atrás, e durou menos de 6.000 anos, terminando cerca de 44.300 anos atrás.
O período do Paleolítico Superior distingue-se por começar a se encontrar tais artefatos, como ferramentas feitas de pedra e osso, joias, arte, pintura, ferramentas de pesca e caça, e armas.
Anteriormente, segundo pesquisas realizadas desde 1980 em Israel, Líbano e Turquia, arqueólogos acreditavam que a transição para o Paleolítico Superior se iniciou 47.000 anos antes, e depois 34.000 anos, e durou cerca de 10.000 anos.
É considerado que o homo sapiens surgiu há cerca de 270.000 anos, mas isso não levou a mudanças significativas no estilo de vida dos humanos, em comparação, por exemplo, com os neandertais, continuaram a usar ferramentas primitivas.