Recentemente, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, declarou que Pequim ficará em "isolamento" se não permitir aos especialistas internacionais a entrada no país para investigar as circunstâncias do surgimento do SARS-CoV-2.
"As respectivas declarações do lado americano são chantagem flagrante e ameaças. A China expressa sua forte insatisfação e se opõe firmemente [a isso], nós nunca aceitaremos isso", afirmou o porta-voz da chancelaria chinesa, Zhao Lijian, durante um briefing nesta segunda-feira (21).
De acordo com suas palavras, desde o início da pandemia a China tem tido um posicionamento aberto e transparente, tem compartilhado sem condições com outros países sua experiência no âmbito da prevenção e controle da epidemia, bem como de diagnóstico e tratamento da doença. Além disso, o porta-voz relembrou que o país asiático recebeu por duas vezes os peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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"As alegações que a China disse 'não' à investigação para determinação da origem do coronavírus, são infundadas, as declarações que a China ficará em isolamento internacional são uma intimidação intencional em um nível ainda maior", apontou ele, adicionando que "a determinação da origem do coronavírus é uma questão científica, a qual deve ser estudada em cooperação por cientistas de todo o mundo e a qual não deve ser politizada arbitrariamente, o que tem o consenso da esmagadora maioria dos países".
Anteriormente, o presidente dos EUA Joe Biden declarou, após a cúpula do G7, que não chegou a uma conclusão sobre a origem do coronavírus.
Em março, a OMS publicou uma versão completa do relatório dos especialistas internacionais sobre sua visita à cidade de Wuhan a fim de determinar a origem do SARS-CoV-2. O grupo de cientistas da OMS concluiu que era altamente improvável que o vírus tivesse tido origem em um laboratório, sugerindo que teria passado de animais selvagens para humanos.