Nesta terça-feira (22), a Anvisa negou o uso emergencial do medicamento russo em pacientes hospitalizados contra COVID-19, Avifavir. A decisão foi unânime entre os diretores, os quais avaliaram que o medicamento não atendeu requisitos mínimos de segurança e eficácia para o uso, segundo a Folha de São Paulo.
A agência também disse que "as limitações, incertezas e riscos da aprovação do uso emergencial do Avifavir superam os benefícios no tratamento de pacientes com COVID-19".
O medicamento é feito a partir do composto favipiravir, usado no Japão desde 2014 contra a gripe e alvo de estudos recentes para combater a COVID-19.
A diretora da agência, Meiruze Freitas, disse que a Anvisa busca "usar de todas as vias possíveis para fazer com que novos tratamentos estejam disponíveis para os pacientes", mas que, entretanto, "não se pode autorizar o uso de um medicamento que não demonstrou benefício clínico no tratamento do coronavírus e ainda pode resultar em riscos à saúde dos pacientes", disse Freitas segundo a mídia.
Avifavir é fabricado pelas empresas russas API Technologies JCC e Joint Stock Company Chemical Diversity Research Institute.