Para os especialistas, esta atividade fornece possíveis indicações sobre a origem da Terra e de outros planetas, contrariando a teoria de que o planeta seria um bloco sólido como a Lua.
De acordo com estudo publicado na revista PNAS (publicação oficial da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos), os cientistas encontraram lugares onde pedaços de crosta deslizam e giram como "blocos de gelo" no mar.
Cientistas confirmam erro nos dados da descoberta de possível traço de vida na atmosfera de Vênushttps://t.co/NKqHKt9OUx
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 29, 2021
O movimento destes blocos pode indicar que Vênus ainda é um planeta geologicamente ativo, ajudando a entender a atividade tectônica nos primórdios da Terra e de outros planetas.
"As placas tectônicas na Terra são impulsionadas por convecção do manto. O manto é quente ou frio em diferentes locais e se move, e alguns destes movimentos são transferidos para a superfície sob a forma de movimentos das placas", explica Paul Byrne, professor na Universidade da Carolina do Norte e líder do estudo.
O investigador também afirmou que "o fluxo de calor do interior da Terra jovem era até três vezes superior ao de hoje, pelo que a sua litosfera pode ter sido semelhante ao que vemos atualmente em Vênus: não espessa o suficiente para formar placas em subducção, mas espessa o suficiente para se fragmentar em blocos que se movimentam e balançam".
Enquanto isso, há três novas missões da NASA e da Agência Espacial Europeia em andamento para estudar Vênus, que provavelmente fornecerão mais dados para a nossa compreensão do planeta.