Nesta terça-feira (22), foi a vez do deputado federal, Osmar Terra (MDB-RS), prestar depoimento para CPI da Covid. Um dos mais esperados para rodada de perguntas, o deputado negou a existência de gabinete paralelo que auxiliaria o presidente, Jair Bolsonaro, a tomar decisões diante da pandemia da COVID-19, segundo o G1.
Terra, de acordo com a mídia, foi um conselheiro de Bolsonaro. Ele deu entrevistas ao lado do presidente e participou de reuniões sobre medidas para conter o vírus. Ao ser questionado sobre tais conselhos, o deputado disse que o presidente "de vez em quando" lhe pergunta "alguma coisa".
"A relação que eu tenho com o presidente é uma relação de amizade que ele tem com muitos outros deputados. Fui ministro, gosto do presidente, tenho simpatia por ele. Quando, de vez em quando, o presidente me pergunta alguma coisa, e eu acho que tenho que falar, eu falo", disse Terra à CPI citado pela mídia.
Adicionalmente, o deputado disse que seus encontros com Bolsonaro eram reuniões normais entre um deputado e um presidente, e que aconteceram "uma vez por mês, uma vez a cada 15 dias em alguns momentos".
"O presidente fala o que ele quer falar, ele fala do jeito que ele entende. Eu não tenho poder sobre o presidente de: 'O senhor vai falar isso, vai falar aquilo'. Isso não existe, se eu tivesse esse poder, eu era o presidente e ele era deputado", disse Terra.
Os senadores também perguntaram ao deputado sobre reuniões com outros médicos no Palácio do Planalto com a presença de Bolsonaro. Terra disse que era para ser uma reunião com poucas pessoas, mas foram chegando mais participantes "de última hora", segundo a mídia.
"Eles foram falar sobre suas experiências. Na verdade, era para ser uma reunião menor, apareceu um monte de gente, aquilo foi de última hora. São opiniões pessoais, o presidente julga as coisas do jeito que ele quer", disse o deputado.
Terra completou que Bolsonaro "não é teleguiado por ninguém" e que "tem bom senso" para discernir se uma informação é boa ou não.