De acordo com o artigo publicado na revista Physics of Fluids, os pesquisadores procuraram entender como várias partículas facilitam a propagação do coronavírus. Eles encontraram uma relação entre surtos da infecção pelo vírus e a concentração de pólen no ar.
Em um dia normal de primavera nos EUA, com vento fraco, o pólen podia atingir em menos de um minuto uma aglomeração de pessoas que se encontrava a 20 metros de distância da árvore.
"Uma de tarefas mais importantes foi a recriação de um ambiente completamente realístico: milhares de folhas de árvores e partículas de pólen, centenas de caules e um ajuntamento realista de uma multidão de cerca de 100 indivíduos a cerca de 20 metros da árvore", esclareceu um dos cientistas.
O modelo computorizado demonstrou que o pólen dissemina o SARS-CoV-2 a uma distância mais longa do que ele poderia se deslocar simplesmente através do ar.
Os pesquisadores estudaram o Mapa Nacional de Alérgenos e descobriram que o coronavírus realmente se transmitia com mais intensidade nas regiões de grande concentração de pólens.
Nota-se que, em tais condições, o distanciamento social de dois metros utilizado em todo o mundo pode ser insuficiente.