O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Son Gwon, rejeitou a oferta do enviado dos EUA para se encontrar "em qualquer lugar, a qualquer hora" depois que as negociações entre as duas nações foram paralisadas, afirma comunicado divulgado nesta quarta-feira (23) pela agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.
"Não estamos considerando sequer a possibilidade de qualquer contato com os EUA, muito menos tê-lo, o que não nos levaria a lugar nenhum, apenas ocupando um tempo precioso", lê-se na nota do chanceler.
Os comentários do ministro seguem uma declaração semelhante de Kim Yo-jong, irmã mais nova do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, na terça-feira (22). Kim Yo-jong advertiu que as falsas expectativas dos EUA poderiam simplesmente "mergulhá-los em uma decepção maior".
Embora o enviado especial do governo dos EUA na Coreia do Norte, Sung Kim, tenha expressado esperança de que Pyongyang responderia "positivamente" ao convite, a irmã do líder norte-coreano sugeriu que Washington poderia estar interpretando "a situação de forma a buscar conforto para si mesma".
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Negociações nucleares
Na segunda-feira (21), Sung disse que se ofereceu para se encontrar com autoridades de Pyongyang "em qualquer lugar, a qualquer hora" para reiniciar as negociações entre os dois países "sem pré-condições".
No entanto, a observação do enviado de Washington foi acompanhada de um aviso de que, até que as negociações sejam retomadas, EUA continuarão a aplicar sanções à nação asiática.
As negociações nucleares entre os EUA e a Coreia do Norte foram paralisadas depois que Kim Jong-un e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump (2017-2021), não conseguiram chegar a um acordo sobre a flexibilização das sanções norte-americanas em troca do progresso de Pyongyang na desnuclearização.