Os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH, na sigla em inglês) confirmaram que eliminaram as sequências de DNA das primeiras amostras de COVID-19 por solicitação de um cientista chinês que as havia fornecido três meses antes, segundo os NIH.
A solicitação para remoção por parte do pesquisador foi recebida em junho de 2020. Ele pediu para eliminar os dados porque foram atualizados e deveriam ser publicados em outra base de dados não especificada. O pesquisador disse ainda que gostaria que a versão mais antiga fosse removida para evitar confusão, de acordo com a mídia.
"Os cientistas que fornecem informações têm o direito sobre seus dados e podem exigir eliminá-los", de acordo com os NIH.
Anteriormente, o virologista Jesse Bloom, do Centro de Pesquisa de Câncer Fred Hutchinson, nos EUA, informou em um artigo sobre a eliminação destes dados da base norte-americana. Segundo Bloom, foram removidas sequências de DNA de amostras coletadas em Wuhan em janeiro e fevereiro de 2020 de pessoas internadas com COVID-19 ou com suspeita do vírus.
Algumas das informações removidas ainda estão disponíveis no artigo publicado, mas normalmente os cientistas procuram as sequências de DNA nas bases de dados principais, como as dos NIH. O virologista acrescentou que é possível encontrar os dados eliminados na Internet.
É pouco provável que estes dados mudem a opinião de cientistas sobre as primeiras semanas da pandemia em Wuhan, de acordo com a mídia. Mas Bloom acredita que a eliminação destas informações põe em causa a transparência da China na investigação contínua sobre a origem do vírus.