O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (24) pelo porta-voz oficial da chancelaria chinesa, Zhao Lijian.
A resolução correspondente foi apoiada na quarta-feira (23) por 184 países-membros das Nações Unidas, enquanto apenas dois países – Israel e Estados Unidos – votaram contra e três se abstiveram.
"A Assembleia Geral adotou 29 vezes seguidas resoluções que requerem o cancelamento do bloqueio econômico e financeiro de Cuba", recordou o diplomata. "No entanto, é lamentável que estas decisões não tenham sido postas em prática durante muitos anos", adicionou.
"Convocamos os EUA a suspenderem todas as restrições econômicas e financeiras do bloqueio. É um apelo comum de toda a comunidade internacional", afirmou o porta-voz chinês, que mantém a esperança de que Washington desenvolva relações bilaterais adequadas em conformidade com a Carta da ONU, o que contribuiria para a manutenção da paz e estabilidade na região.
Desde 1992, Cuba tem apresentado anualmente à Assembleia Geral projetos de resoluções pedindo para cancelar o embargo norte-americano em Havana, e cada vez mais estas demandas recebem um apoio esmagador dos países-membros.
A administração Biden declarou em janeiro sua intenção de revisar a política a respeito de Cuba, logo depois que o ex-presidente, Donald Trump, endureceu o embargo comercial sobre a ilha e ter novamente incorporado o país à lista norte-americana de patrocinadores do terrorismo.
Milhares de cubanos saíram às ruas de várias cidades em abril para protestar contra o bloqueio.