Caracas e Teerã acordaram reforçar a cooperação contra as "agressões imperiais" dirigidas aos povos da Venezuela e do Irã, anunciou na quarta-feira (23) Nicolás Maduro, presidente venezuelano, após conversar com o presidente-eleito iraniano.
Sostuve una conversación telefónica con Seyed Ebrahim Raisi, Presidente Electo de la República Islámica de Irán. Acordamos fortalecer nuestros lazos de hermandad y cooperación para avanzar en la lucha conjunta frente a las agresiones imperiales en contra de nuestros pueblos. pic.twitter.com/KMnOcvIwYH
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) June 23, 2021
Tive uma conversa telefônica com Seyed Ebrahim Raisi, presidente-eleito da República Islâmica do Irã. Acordamos fortalecer nossos laços de fraternidade e cooperação para avançar na luta conjunta perante as agressões imperiais contra nossos povos.
Raisi ganhou com facilidade as eleições presidenciais no Irã na semana passada, conquistando quase 62% dos votos e eliminando a necessidade de um segundo turno. Os parceiros estratégicos do Irã, incluindo Rússia e China, parabenizaram Raisi por sua vitória, enquanto os EUA e Israel criticaram a votação, questionando sua imparcialidade ou caracterizando de "carniceiro" o vencedor.
'Eixo de irritação'
Autoridades dos EUA e analistas de think tanks em Washington têm expressado regularmente frustração com a parceria estratégica entre Venezuela e Irã, caracterizando a aliança como um "eixo de irritação".
Na última quinta-feira (17), o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, comentando sobre navios iranianos aparentemente rumando à Venezuela, confirmou que a Casa Branca estava "monitorando a situação", advertindo que os EUA estavam "preparados para alavancar as autoridades aplicáveis, incluindo sanções, contra qualquer ator que permita o contínuo fornecimento de armas do Irã a parceiros e agentes violentos em todo o mundo".
No entanto, a Venezuela não tem travado nenhuma guerra desde a Segunda Guerra Mundial, enquanto o Irã não provoca uma guerra desde 1795. Além disso, sob a lei internacional, Washington não tem o direito de realizar ações contra navios iranianos que operam em águas internacionais.