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'Sou incorruptível': Bolsonaro vai abrir inquérito contra deputado que o denunciou sobre Covaxin

© REUTERS / Ueslei MarcelinoPresidente Jair Bolsonaro após cerimônia de assinatura do contrato de transferência de tecnologia de produção de vacinas com a AstraZeneca, Brasília, 1º de junho de 2021
Presidente Jair Bolsonaro após cerimônia de assinatura do contrato de transferência de tecnologia de produção de vacinas com a AstraZeneca, Brasília, 1º de junho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 25.06.2021
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Segundo presidente, "qualquer cego" veria um superfaturamento de 1.000% e que não seria o deputado que o faria enxergar se houvesse irregularidades na compra da vacina indiana.

Nesta sexta-feira (25), o presidente, Jair Bolsonaro, afirmou que vai abrir inquérito na Polícia Federal contra o deputado Luís Claudio Miranda (DEM-DF) que diz ter alertado pessoalmente o presidente sobre irregularidades na compra do imunizante indiano Covaxin, segundo a CNN Brasil.

"Lógico que abrirei inquérito [contra as declarações de Miranda]. Olha a vida pregressa dele. [...] Vocês querem imputar em mim um crime de corrupção que não foi gasto um centavo. Estamos há dois anos e meio sem corrupção, a CGU [Controladoria Geral da União] funciona, vamos atrás de resolver o problema antes que ele ocorra", disse o presidente citado pela mídia.

No dia 23, o deputado disse que teria alertado o presidente sobre evidências anormais nos trâmites do Ministério da Saúde para a compra da vacina, conforme noticiado. Luís Claudio é irmão de Luís Ricardo Miranda, que é chefe do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde.

"No dia 20 de março fui pessoalmente, com o servidor da Saúde que é meu irmão, e levamos toda a documentação para ele [Bolsonaro]. Levei [o caso] para ele porque confio nele. Espero que ele tenha feito alguma coisa", disse o deputado.

Hoje (25), Bolsonaro afirmou que a vacina não foi comprada e que o documento apresentado pelo deputado estava errado. "Foi comprada a vacina? Teve um documento, pelo que fiquei sabendo, que estava errado, faltava um zero lá e foi corrigido no dia seguinte", disse o presidente.

Segundo a mídia, Bolsonaro afirmou ainda que não houve superfaturamento no contrato de compra dos imunizantes e que "qualquer cego" veria um superfaturamento de 1.000%.

"Tem algum recibo meu pra ele? Foi consumado o ato? Foi retificado [...]. Pelo que me consta, não há nada de errado no contrato. Não foi gasto um centavo com a Covaxin, vocês que querem me julgar por corrupção, vocês vão se dar mal. Eu sou incorruptível", declarou.

O deputado Luís Claudio e seu irmão, Luís Ricardo, serão ouvidos hoje na CPI da Covid, com o deputado prometendo comprovar o que disse através de documentos durante seu depoimento.

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