O servidor Luis Ricardo Fernandes Miranda foi bloqueado ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI) do Ministério da Saúde, onde trabalha. A informação foi dada pelo irmão dele, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), neste domingo (27), em uma publicação no Twitter. Ricardo denunciou suspeitas envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin.
Aos defensores de bandidos, meu irmão acaba de descobrir que bloquearam ele do sistema do @minsaude , vale ressaltar que ele é funcionário de carreira! Isso é ilegal, perseguição e só comprova que eles tem muito para esconder...
— Luis Miranda USA (@LuisMirandaUSA) June 27, 2021
Meu irmão @guitargtr eu não vou te abandonar. pic.twitter.com/D8JthQBBQg
Na sexta-feira (25), os dois irmãos foram ouvidos na CPI da Covid para falar sobre as suspeitas envolvendo a Covaxin. Durante quase oito horas, os dois relataram que levaram as informações para o presidente Jair Bolsonaro em março. O caso também é investigado pelo Ministério Público (MPF), que viu indícios de crime.
O Ministério da Saúde ainda não se pronunciou sobre o bloqueio do servidor.
Notícia-crime contra Bolsonaro
Depois dos depoimentos, o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), declarou que a comissão apresentará na segunda-feira (28) uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo crime de prevaricação.
Na interpretação da comissão, a partir do momento que Bolsonaro foi informado e não agiu para investigar o suposto esquema de corrupção no âmbito da contratação da Covaxin, o presidente prevaricou.
"O presidente não mandou investigar absolutamente nada […]. Para quem joga pedra em todos, ele prevaricou. Prevaricou", disse o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).