Tal declaração teve lugar nesta segunda-feira (28) no decorrer da conferência da Coalizão anti-Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países) em Roma, na Itália, com o ministro das Relações Exteriores italiano, Luigi Di Maio.
"Anuncio que hoje os EUA estão alocando o valor adicional de US$ 436 milhões em assistência humanitária aos sírios e às comunidades que os abrigam", afirmou Blinken.
A conferência da Coalizão Global anti-Daesh, à qual estão assistindo mais da metade dos ministros dos 83 países-membros, está sendo coliderada pelos EUA.
O ministro Di Maio disse que o Daesh foi derrotado em termos de perda de seu território, mas que não poderia ser totalmente erradicado. O mesmo acrescentou que ainda há muito trabalho a ser feito e que a Itália poderia aumentar sua participação de missões da OTAN no Iraque.
Blinken, por sua vez, acredita que os últimos ataques dos EUA na fronteira entre a Síria e o Iraque, ocorridos no domingo passado (27), enviaram uma mensagem forte para as milícias supostamente suportadas pelo Irã na zona.
O Pentágono disse que aeronaves militares dos EUA haviam atingido instalações dos grupos terroristas KH (Kata'ib Hezbollah) e KSS (Kata'ib Sayyid al-Shuhada) na região da fronteira entre os dois países em causa. Porém, de acordo com a televisão estatal síria, os ataques aéreos provavelmente deixaram uma criança morta e três pessoas feridas.
"Vários grupos de milícia apoiados pelo Irã [...] usaram essas instalações [que foram alvo dos ataques aéreos] [...] Tomamos ações necessárias, apropriadas e deliberadas, destinadas a limitar o risco de escalada [do conflito], mas também para enviar uma mensagem dissuasora clara e ambígua. Esta ação é de legítima defesa, fazendo o que é necessário para evitar novos ataques, e acho que envia uma mensagem muito importante e forte e eu espero muito que seja recebida", declarou Antony Blinken.
De igual modo, e a pedido da Itália, serão também discutidas as ameaças apresentadas pelas organizações terroristas com ligações ao Daesh no Sahel e em outras regiões da África.
O conflito na Síria já dura há cerca de uma década, sendo que em 2015 o país viu parte de seu território a leste cair na mãos do Daesh. Com a intervenção de vários países, entre os quais EUA e Rússia, este grupo foi perdendo seu controle de várias zonas, tanto na Síria como no Iraque, mas também deixou atrás de si quase 160 mil civis mortos.