O artefato está muito bem conservado e tem forma de um retângulo com um topo pontudo que mede 160 mm de largura e 315 mm de altura.
O objeto foi descoberto virado para cima incorporado no chão de um edifício do século IV d.C. Originalmente o relevo teria sido colocado em um nicho próprio.
Arqueóloga Marta Alberti, que faz parte da equipe de supervisão das escavações, está reunindo todos os detalhes e dados a fim de estabelecer quem está representado na escultura.
"A nudez do homem significa que ele é provavelmente um deus, ao invés de um mero cavaleiro, ele também segura uma lança em seu braço direito, um atributo comum do deus da guerra – Marte, no entanto quando olhamos para sua cabeça, [acima dela] podem ser vistas duas características quase circulares que poderiam ser identificadas como asas: um atributo comum de Mercúrio – deus das viagens. Cavalos e burros também são frequentemente associados com Mercúrio como protetor dos viajantes", explicou a arqueóloga.
Outra pista não pertence exatamente ao objeto descoberto, mas ao local onde ele foi encontrado.
O chão de pedra do prédio onde o artefato foi achado é muito próximo ao de um grande quartel de cavalaria. Os integrantes daquelas unidades que residiam nessa parte da fortaleza poderiam ter tido sua própria interpretação de Marte ou Mercúrio, ou uma versão não identificada até agora de outro deus que une as qualidades de ambos.
"Este relevo interessante pode representar algo que não só nunca vimos antes, mas algo que poderemos nunca ver novamente", concluiu Alberti.
No ano passado, pesquisadores descobriram na mesma fortaleza um cálice de chumbo com símbolos cristãos entalhados.
