Temos que acordar e proteger Taiwan como país democrático, afirma vice-ministro japonês

© AP Photo / Chiang Ying-yingPessoas usando máscaras como prevenção do novo coronavírus em estação de metro de Taipé, Taiwan (foto de arquivo).
Pessoas usando máscaras como prevenção do novo coronavírus em estação de metro de Taipé, Taiwan (foto de arquivo). - Sputnik Brasil, 1920, 28.06.2021
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Vice-ministro afirma que EUA e Japão devem impulsionar a colaboração tecnológica em face de uma cooperação mais estreita entre a China e a Rússia.

O vice-ministro da Defesa do Japão, Yasuhide Nakayama, alertou nesta segunda-feira (28) sobre a crescente ameaça representada pela colaboração chinesa e russa e afirmou que é necessário "acordar" para a pressão de Pequim sobre Taipé e proteger a ilha "como um país democrático".

"Temos que proteger Taiwan como um país democrático", afirmou Nakayama durante encontro com o grupo de estudos do Instituto Hudson, Nova York, EUA.

O vice-ministro questionou se a decisão de muitos países, incluindo Japão e EUA, de seguir a política de "uma só China", que reconheceu Pequim em vez de Taipé desde os anos 1970 resistirá ao teste do tempo.

"Estava certo?", perguntou, referindo-se a como as gerações futuras julgarão os governantes sobre a questão. "Não sei."

Nakayama disse que os países democráticos devem proteger uns aos outros e observou que Japão e Taiwan eram geograficamente próximos e acrescentou que se algo acontecesse em Taiwan, isso afetaria a ilha japonesa de Okinawa, onde as forças dos EUA estão baseadas.

© REUTERS / Kim Kyung-HoonSecretário de Defesa, Lloyd Austin, cumprimenta seu homólogo japonês, Nobuo Kishi, durante visita conjunta com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (centro), à Tóquio, Japão, 16 de março de 2021
Temos que acordar e proteger Taiwan como país democrático, afirma vice-ministro japonês - Sputnik Brasil, 1920, 28.06.2021
Secretário de Defesa, Lloyd Austin, cumprimenta seu homólogo japonês, Nobuo Kishi, durante visita conjunta com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (centro), à Tóquio, Japão, 16 de março de 2021

'Temos que acordar'

O vice-ministro destacou ainda as crescentes ameaças representadas pela China no espaço, na tecnologia de mísseis, no domínio cibernético e nas forças nucleares e convencionais.

Sob a liderança de Xi Jinping, a China teve "pensamentos e vontades agressivas […]. Então, acorde. Temos que acordar", disse ele.

Nakayama afirma que é necessário mostrar dissuasão à China e também à Rússia, que intensificou os exercícios em território reivindicado pelos japoneses e próximo ao território norte-americano do Havaí.

"Você pode ver a China e a Rússia colaborando juntas, quando estão fazendo algum exercício militar perto de nossos vizinhos", disse o vice-ministro, acrescentando que queria ver os EUA "cada vez mais fortes". Washington e Tóquio devem impulsionar a colaboração tecnológica em face de uma cooperação mais estreita entre a China e a Rússia, disse ele.

Por fim, Nakayama referiu que o Japão precisa gastar mais em armas, incluindo mísseis, e cortar custos, já que 50% do orçamento de Defesa vai para pessoal.

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