Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, que teria sido citado por Bolsonaro em resposta a denúncia na compra da Covaxin teve sua convocação aprovada pela CPI da Covid, nesta quarta-feira (30). Ele e outros 19 nomes foram aprovados pelos senadores para avançar no que vem sendo chamado de uma nova fase de investigação.
A convocação de Barros na Câmara ocorre após depoimento dos irmãos Miranda. Segundo eles, teria havido pressão do governo pela liberação da vacina indiana Covaxin, embora a área técnica do Ministério da Saúde tenha constatado irregularidades no contrato. Segundo o depoimento, Bolsonaro teria atribuído a "pressão" como "coisa do [deputado] Ricardo Barros".
A convocação em massa é feita pela cúpula da CPI avalia indícios de "desvio de dinheiro público no âmbito da administração federal", nas palavras do relator Renan Calheiros (MDB-AL), segundo reportagem do G1.
Além de Ricardo Barros, também serão sabatinados no plenário vários servidores do Ministério da Saúde incluindo Roberto Dias, agora ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Marcelo Bento Pires (coordenador de logística), Regina Célia Silva Oliveira e Thiago Fernandes da Costa (ambos servidores), Rodrigo de Lima (funcionário da pasta), Robson Santos da Silva (secretário de Saúde Indígena) e Adeílson Loureiro Cavalcante (ex-secretário executivo).
Ainda na lista foram chamados para depor Luiz Paulo Dominghetti Pereira, representante da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho, procurador da empresa no Brasil, e Rogério Rosso, ex-deputado e diretor da União Química.
Da Precisa Medicamentos, devem falar o representante Túlio Silveira, e a diretora Emanuela Medrades. E mais Antônio José Barreto de Araújo Junior, ex-secretário executivo do Ministério da Cidadania, Danilo Berndt Trento, sócio da empresa Primarcial Holding e Participações LTDA, além do empresário Emanuel Catori, sócio da Belcher Farmacêutica.
E completando o total de 20 foram aprovadas as convocações de Gustavo Mendes Lima, gerente de medicamentos da Anvisa, do empresário Silvio de Assis, do médico Antonio Jordão de Oliveira Neto e também do polêmico Luciano Hang, dono da rede de lojas varejistas Havan.
Ainda não foram divulgadas as datas para os depoimentos.