A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (30) a quebra do sigilo bancário do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do diretor exonerado do Ministério da Saúde Roberto Dias.
O pedido partiu do senador Randolfe Rodrigues, que pretende investigar denúncia de que, na gestão de Pazuello, militares escolheram, sem licitação, empresas para reformar prédios antigos no Rio de Janeiro. E, para isso, usaram a pandemia do novo coronavírus como justificativa para considerar as obras urgentes.
O ex-diretor Roberto Dias foi denunciado por um representante de empresa que relatou ter sido pressionado por Dias para pagar propina na compra da vacina Oxford/AstraZeneca. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (30).
Também foram quebrados sigilos de empresários, assessores do governo e representantes do chamado "gabinete do ódio", um dos objetos de apuração da CPI, informa o portal G1.
'Superpedido' de impeachment
Nesta quarta-feira (30), um "superpedido" de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro foi protocolado na Câmara Federal.
Horas antes de o pedido ser enviado à Câmara, Bolsonaro ignorou a denúncia de oferta de propina na compra da vacina indiana Covaxin, e disse que mentiras não vão tirá-lo do Palácio do Planalto. Ele também se referiu a membros da CPI da Covid como sendo "bandidos".
"Não conseguem nos atingir. Não vai ser com mentiras ou com CPI, integrada por sete bandidos, que vão nos tirar daqui. Temos uma missão pela frente: conduzir o destino da nossa nação e zelar pelo bem-estar e pelo progresso do nosso povo", afirmou o presidente.