Um pequeno contingente do Serviço Aéreo Especial (SAS, na sigla em inglês), uma unidade das forças especiais do Reino Unido, permanecerá no Afeganistão após a retirada dos tropas ocidentais do país, informou o jornal The Telegraph, citando um ex-militar do SAS.
O ex-militar declarou que os efetivos do SAS forneceriam "treinamento para as unidades afegãs e seriam implantados em terra junto com elas como conselheiros", adicionando que não há um "prazo determinado" de permanência das tropas no país.
"Enquanto eles continuarem a ver valor, eles manterão as forças lá. Este não é um lugar agradável no momento, as pessoas estão assustadas e com razão", afirmou.
O ex-militar também indicou que os talibãs continuam "controlando a zona rural e estão apenas esperando a coalizão sair".
"Eles estão deixando muito claro a cada oportunidade que a paz é com a coalizão e não com o governo afegão. O país vai implodir", ressaltou.
Ataque do Talibã no Afeganistão mata 8 soldados do Exércitohttps://t.co/D4nG7VGgOq
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) May 22, 2021
O The Telegraph conversou ainda com outro militar em condição de anonimato, que afirmou que o primeiro-ministro britânico Boris Johnson deverá tomar uma decisão oficial durante o encontro do Conselho de Segurança Nacional nesta segunda-feira (5).
"Nosso trabalho é fornecer uma ampla gama de opções ao governo", enfatizou a fonte militar.
No dia 14 de abril, o presidente dos EUA Joe Biden anunciou que retiraria as tropas norte-americanas do Afeganistão a partir do dia 1º de maio até 11 de setembro deste ano.
Essa retirada das tropas, que agora se encontra em curso, está acontecendo de maneira mais rápida que a prevista, o que gerou o pedido de aliados europeus aos EUA para que desacelerassem o processo e dessem mais tempo aos aliados da OTAN para também partirem do país, conforme noticiado no dia 8 de maio.