Uma equipe de astrônomos descobriu uma centena de buracos negros, constituindo aproximadamente 20% do aglomerado estelar.
Os astrofísicos sabiam que a maioria das fusões de buracos negros ocorre nos aglomerados estelares globulares, porém não sabiam qual o número de buracos que poderiam conter.
A pesquisa, publicada na Nature Astronomy, sugere que o Palomar 5 está se rompendo em pedaços, dando lugar às chamadas correntes estelares, finas cintas de matéria e estrelas que cercam nossa galáxia.
Os astrônomos tentaram reproduzir o processo das correntes estelares utilizando imagens detalhadas do Palomar 5, criando um modelo digital do aglomerado, que reproduz 11,5 bilhões de anos de sua existência.
Pesquisadores detectam o 1º exemplo já observado de um vento galáctico titânico impulsionado por um buraco negro supermassivo há 13,1 bilhões de anos https://t.co/hblrCraoYe
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) June 13, 2021
Estes cálculos demonstram que a aparência moderna do Palomar 5, sua massa e estrutura das correntes de estrelas associadas só podem ser explicados se seu centro esconder 100-120 buracos negros com uma massa 17-20 vezes maior do que o Sol.
Estas discrepâncias são devido ao fato de que os buracos negros expulsam constantemente estrelas do aglomerado estelar, porém eles mesmos raramente o abandonam, aumentando simultaneamente a quantidade e conduzindo à formação de "correntes estelares".
Com a descoberta, os cientistas podem estimar a frequência com ocorre a fusão dos buracos negros nos aglomerados estelares e esclarecer seu papel na formação das ondas gravitacionais.