Uma equipe de pesquisadores da Universidade Jaume, Universidade de Valencia e do Grup Guix de Vila-real, identificou uma nova espécie de dinossauro de garras afiadas escavada na Catalunha. O dinossauro foi originalmente encontrado no que foi descrito como um cemitério pré-histórico em Portell, em 1998, mas só recentemente ele foi completamente estudado e descrito em um artigo, disponível no site PLOS One.
O dinossauro, que tinha aproximadamente oito metros de comprimento, foi classificado como membro do gênero ornitópode estiracosterno e chamado de Portellsaurus sosbaynati. Também era membro de um tipo de iguanodonte conhecido como styracosternans, que se acredita ter vivido no que hoje é a Espanha. Ele foi datado de aproximadamente 130 milhões de anos atrás.
O fóssil de identificação era uma mandíbula. Os pesquisadores descobriram que se tratava de uma espécie nova devido a duas características autopomórficas, bem como ao que descrevem como uma combinação de características, duas das quais eram a ausência de uma protuberância ao longo de uma parte do osso e uma cavidade profunda, nunca vista em outros de seu gênero.
A nova espécie identificada foi descrita com múltiplas garras afiadas, algumas saindo de seus "polegares" e outras de suas "pontas dos dedos". Os pesquisadores observam que elas teriam sido úteis para lutar contra predadores, bem como para cortar frutas abertas. As garras não teriam sido usadas para matar presas, já que a espécie comia apenas plantas.
O novo dinossauro também tinha narinas muito grandes, o que indicava que ele provavelmente tinha um olfato muito apurado, provavelmente benéfico para a procura de alimentos. Ele também tinha uma cauda muito grande, que seria portada ereta para manter o equilíbrio. Em pé, os pesquisadores estimam que teria pouco mais de três metros de altura e pesaria pelo menos 3.600 quilos.
Os pesquisadores observaram que o Portellsaurus sosbaynati teria sido relacionado a outros dinossauros que foram identificados como vivendo no que hoje é o Níger e a China. Eles sugerem que a descoberta lança uma nova luz sobre a evolução dos ornitópodes.