Nesta quinta-feira (8), a secretária de Imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que se a Rússia não agir contra os atores responsáveis por ataques de ransomware conduzidos em território estadunidense, os EUA vão agir.
A secretária também compartilhou que a inteligência dos EUA continua avaliando informações sobre o último ataque de ransomware do grupo REvil, que afetou até 1.500 empresas em todo o mundo.
Psaki disse que a inteligência norte-americana está investigando especificamente se o ataque aconteceu com o conhecimento ou "aprovação" do Kremlin, mas ressaltou que até agora eles não podem atribuir o ataque a ninguém, a não ser ao próprio grupo REvil.
Entretanto, a secretária declarou que as agências de inteligência dos EUA não têm dúvidas de que o grupo de hackers opera na Rússia, usando afiliados em todo o mundo.
Na terça-feira (7), a Rússia desmentiu artigo publicado na Bloomberg sobre ciberataque a Comitê Republicano dos EUA por hackers russos e rotulou a notícia divulgada de "fabricação".
"Rejeitamos vigorosamente […]. Enfatizamos que o próprio partido negou o ataque cibernético. Não há qualquer evidência de que tenha ocorrido um ataque", afirmou a entidade diplomática russa.
O grupo de hackers REvil operaria com base no modelo de ransomware como serviço, o que significa que ele não se envolve diretamente em ataques cibernéticos, mas fornece a seus clientes as ferramentas para atacar certos alvos e oferece seus serviços na negociação de resgates com as vítimas.
Joe Biden levantou a questão sobre combate a ataques cibernéticos, incluindo os de ransomware, durante sua cúpula com o presidente russo, Vladimir Putin em 16 de junho.
Os dois presidentes concordaram em cooperar na esfera da segurança cibernética. No entanto, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, recentemente compartilhou que Washington ainda não respondeu de forma significativa a nenhuma das propostas de Moscou sobre o assunto.