Nesta quinta-feira (8), em texto publicado no Diário Oficial da União, o governo decidiu exonerar Lauricio Monteiro Cruz, diretor de Imunização e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, segundo o G1.
Cruz teria concedido aval para que um reverendo e a entidade gerenciada por ele negociassem 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca em nome do governo brasileiro com a empresa norte-americana Davati Medical Supply.
Governo demite veterinário Laurício Monteiro Cruz do cargo de diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, da secretaria de Vigilância, do Ministério da Saúde. Cruz é apontado como a pessoa responsável por dar aval para negociar vacinas https://t.co/gm9oXaccHB pic.twitter.com/A4y2exiBEP
— Portal R7.com (@portalR7) July 8, 2021
Se comunicando com o reverendo através de e-mails, ficou comprovado que Cruz o respondeu agradecendo pela disponibilidade da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (SENAH) na apresentação da proposta para as milhões de doses da AstraZeneca.
O diretor também teria dito que "todos os processos de aquisição de vacinas no âmbito do Ministério da Saúde estão sendo direcionados pela Secretaria Executiva", segundo a mídia.
Em outro e-mail, Cruz diz a Herman Cardenas, presidente da Davati nos Estados Unidos, que a SENAH tem o aval do Ministério da Saúde para negociar a compra de vacinas com a farmacêutica.
Ficou comprovado que o valor negociado pelo reverendo era de US$ 17,50 (R$ 92,24) por dose, três vezes mais do que o Ministério da Saúde pagou em janeiro a um laboratório indiano, de acordo com a mídia.