Revelado novo tipo de cataclismo astronômico que poderia resolver mistério de bilhões de anos

© Foto / Pixabay / WikiImagesBig Bang
Big Bang - Sputnik Brasil, 1920, 08.07.2021
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Uma equipe internacional de cientistas descobriu um novo tipo de cataclismo astronômico, que poderia ser a resposta a um mistério da Via Láctea de 13 bilhões de anos, de acordo com estudo publicado nesta quarta-feira (7) na revista Nature.

Os astrônomos identificaram o que poderia ser a primeira evidência da destruição de uma estrela colapsada que gira rapidamente, um fenômeno descrito como "hipernova magneto-rotacional".

Acredita-se que este tipo de cataclismo, que ocorreu apenas um bilhão de anos depois do Big Bang, explicaria as quantidades anormalmente altas de alguns elementos detectados em uma estrela extremamente antiga e primitiva da Via Láctea.

A estrela, designada como SMSS J200322.54-114203.3, contém maiores quantidades metálicas, inclusive de zinco, urânio, európio e possivelmente ouro, do que outras da mesma idade. As fusões de estrelas de nêutrones são geralmente responsáveis pela formação destes elementos, no entanto, os astrônomos notaram que esse fenômeno não era suficiente para explicar toda a composição desta estrela.

"A estrela que estamos observando tem uma relação entre ferro e hidrogênio umas 3.000 vezes mais baixa do que a do Sol, o que significa que é muito rara: o que nós chamamos uma estrela extremamente pobre em metais. No entanto, o fato de que contém quantidades muito maiores que as esperadas de alguns elementos mais pesados significa que é ainda mais rara: uma verdadeira agulha no palheiro", comentou o professor David Yong, que dirigiu o estudo.

Os pesquisadores explicam que os nêutrones adicionais necessários para formar esses elementos apenas poderiam prover do colapso violento de uma estrela muito precoce, "amplificada pela rotação rápida e a presença de um campo magnético forte".

As hipernovas são conhecidas desde o fim da década de 1990, mas esta é a primeira vez que foi detectada uma que combina uma rotação rápida e um magnetismo forte, provocando "uma morte explosiva para a estrela".

"Trata-se de uma descoberta extremamente importante que revela uma nova possibilidade de formação de elementos pesados no Universo nascente", concluiu outra pesquisadora do estudo, Lisa Kewley.

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