Isso foi referido no relatório anual da Corporação Estatal de Energia Nuclear Rosatom da Rússia relativo ao ano passado.
Segundo o relatório, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia recebeu um documento não oficial da Embaixada dos Estados Unidos o qual falava de "possíveis tentativas de representantes da organização terrorista Estado Islâmico para obterem acesso a recursos radioativos no território da Federação da Rússia".
A fim de corresponder a esse aviso, foram realizadas inspeções em todas as instalações da indústria nuclear do país.
De acordo com o documento, "em setembro de 2020, em todas as instalações nucleares e radiativas da indústria [russa] foram organizadas inspeções de surpresa para controle do estado dos sistemas da proteção física das instalações".
"Os resultados das medidas realizadas confirmaram a prontidão dos sistemas de proteção física das instalações da indústria para prover uma proteção física confiável das instalações industriais", sublinha o documento.
Os materiais contidos nas fontes radioisotópicas são impróprios para criação de munições nucleares. Porém, com eles é possível fabricar uma bomba "suja" – uma hipotética munição com explosivo comum e contendo substâncias radioativas.
Quando ocorre a explosão da munição, o contêiner com isótopos se destrói e, com a onda de choque, a substância radioativa se dispersa ao redor. Tal armamento, cuja utilização é considerada um dos tipos de terrorismo nuclear, nunca foi aplicado em condições reais.