Milícia do Iraque afirma que resistirá até 'forças de ocupação' dos EUA saírem

© REUTERS / Serviço de Imprensa do Comando de Operações Conjuntas dos EUAMilitares do Comando de Operações Conjuntas do Iraque inspecionam caminhão e local de onde foram lançados foguetes em direção à Base Militar Ain al-Asad, na província de Anbar, Al-Baghdadi, Iraque, 8 de julho de 2021
Militares do Comando de Operações Conjuntas do Iraque inspecionam caminhão e local de onde foram lançados foguetes em direção à Base Militar Ain al-Asad, na província de Anbar, Al-Baghdadi, Iraque, 8 de julho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 09.07.2021
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As autoridades norte-americanas têm culpado o Kata'ib Hezbollah, um grupo da milícias xiitas iraquianas, por uma série de ataques contra as forças dos EUA no Iraque.

A batalha do Iraque contra a "ocupação" dos EUA não terminará até que todas as forças estrangeiras não convidadas estejam fora do país, declarou Abu Ali al-Askari, comandante sênior das brigadas do grupo paramilitar Kata'ib Hezbollah.

"A resistência, em todas as suas formas, é um direito inerente do povo iraquiano", escreveu al-Askari em suas páginas do Telegram e do Twitter.

"Quem quer que defenda as forças de ocupação e os assassinos do povo iraquiano é um criminoso traidor", acrescentou o comandante.

Al-Askari negou as alegações de envolvimento do Kata'ib Hezbollah nos ataques às instalações diplomáticas dos EUA, incluindo o complexo da Zona Verde em Bagdá, Iraque, sugerindo que a política de evitar ataques à "embaixada do mal" era a posição "de princípio" do grupo.

As tensões entre as forças dos EUA e as milícias xiitas iraquianas se intensificaram dramaticamente após o assassinato, em janeiro de 2020, do comandante iraniano Qassem Soleimani, e Abu Mahdi al-Muhandis, líder do Kata'ib Hezbollah e vice-presidente das Unidades de Mobilização Popular (PMU, na sigla em inglês), que reuniu em 2014 a maioria das milícias xiitas para combater o Daesh (organização terrorista, proibida na Rússia e em vários outros países).

Os assassinatos de Soleimani e Muhandis levaram o parlamento do Iraque a aprovar uma resolução não-vinculativa exigindo a expulsão completa das tropas estrangeiras, e levaram a uma grande escalada de ataques com foguetes contra as forças dos EUA em todo o país, obrigando Washington a retirar vários milhares de tropas do Iraque em meio às tensões que se instalaram.

Ao mesmo tempo, Washington tem culpado o grupo como responsável por ataques aos militares dos EUA. O Kata'ib Hezbollah, por sua vez, tem negado participação de alguns dos ataques, e acusa o país norte-americano de conduzir ataques em bandeira falsa.

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