O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta sexta-feira (9) que não aceitará retrocessos da democracia no país, em resposta às declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre as eleições.
Pacheco disse que "todo aquele que pretender algum retrocesso será apontado pela história como inimigo da nação" e, em nome do Legislativo, defendeu que o Parlamento "não admitirá qualquer ato contrário à democracia", citado pelo jornal Metrópoles.
Pacheco concedeu entrevista coletiva horas após Bolsonaro, sem apresentar provas novamente, afirmar que a fraude eleitoral está no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente do Senado destacou a importância da separação entre os poderes.
"Uma separação que definitivamente não signifique desunião, mas que signifique o respeito de cada poder em relação ao outro naquilo que toca a atribuição do outro […]. E quero aqui afirmar a independência do Parlamento brasileiro."
Pacheco acrescentou que o Congresso não pode admitir qualquer tipo de fala ou de ato "que seja atentatório à democracia ou que estabeleça um retrocesso naquilo que, repito, a geração antes da minha conquistou e que é nossa obrigação manter, que é a democracia no nosso país".
Bolsonaro defende voto impresso
Na manhã desta sexta-feira (9), O presidente Jair Bolsonaro voltou a colocar em dúvida a segurança das urnas eletrônicas, mas sem apresentar provas. Bolsonaro ainda ofendeu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.
Em defesa ao voto impresso, o presidente da República chamou Barroso de "imbecil" e "idiota" e afirmou que houve "fraude" e "roubalheira" nas eleições presidenciais de 2014.