Irã anuncia novos navios e diz que parte das navegações no Atlântico pretendiam 'provocar' os EUA

© AP Photo / Exército do IrãImagem de vídeo divulgado em 13 de janeiro de 2021 pelo Exército iraniano mostra helicóptero pousando no navio de logística Makran durante exercício da Marinha no golfo de Omã
Imagem de vídeo divulgado em 13 de janeiro de 2021 pelo Exército iraniano mostra helicóptero pousando no navio de logística Makran durante exercício da Marinha no golfo de Omã - Sputnik Brasil, 1920, 11.07.2021
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Contra-almirante diz que Marinha do Irã vai receber vários novos navios e afirma que parte das incursões no oceano Atlântico tinham como mensagem dizer aos EUA que o país persa também pode navegar em águas atlânticas.

A Marinha do Irã deve receber vários novos navios de guerra, incluindo um hovercraft de lançamento de mísseis desenvolvido internamente antes do final do ano, revelou o comandante da Marinha iraniana, contra-almirante Hossein Khanzadi.

"Tenho seguido o plano de construção desse hovercraft passo a passo e o Ministério da Defesa prometeu entregar este navio, que está equipado com mísseis, à Marinha até dezembro", disse Khanzadi.

O comandante acrescentou que outros navios, incluindo o Damavand, um destróier da classe Moudge, e o Konarak, um novo navio de guerra de uma classe não especificada, se juntariam à frota no outono.

Khanzadi indicou ainda que um navio de inteligência de longo alcance, ainda sem nome, entraria em serviço em um futuro próximo para complementar as novas capacidades oceânicas do Irã.

Mensagem para os EUA

Ao comentar sobre o recente envio dos primeiros navios iranianos ao oceano Atlântico, o destróier Sahand e o navio Makran, o contra-almirante disse que o desdobramento "envia uma mensagem especial" sobre o apoio do Irã aos oprimidos do mundo e aos EUA, que, segundo Khanzadi, disseram que "os iranianos não poderiam estar presentes no Atlântico".

"Claro que parte dessa presença é porque os norte-americanos disseram que os iranianos não poderiam estar presentes no Atlântico [...] os Estados Unidos estão preocupados que agora, pela primeira vez na história do Irã, os portões do Atlântico foram abertos para nós", disse Khanzadi.

O contra-almirante ainda complementou o comentário sobre Washington afirmando que "os norte-americanos montaram bases ao nosso redor ao longo dos anos e hoje estão apavorados quando estamos a 5.000 quilômetros de distância. Esse medo é porque a presença do Irã quebra a hegemonia dos Estados Unidos".

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