Recentemente, o presidente apelou a seus apoiadores para tomarem as ruas, após ter acusado os EUA e inimigos da Revolução Cubana de tentarem desestabilizar a nação caribenha após protestos em massa.
"Há um grupo de pessoas [...] contratadas pelo governo dos EUA, pagas indiretamente através de agências governamentais norte-americanas para organizar este tipo de manifestações", disse ele aos apoiadores em seu discurso.
Alguns dos manifestantes demandaram a organização de eleições livres.
Interferência nos assuntos internos, diz MRE russo
O Estado russo reagiu aos tumultos na República de Cuba, condenando a interferência estrangeira nos assuntos internos cubanos.
Conforme comunicado da representante oficial do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, "estamos convictos que as autoridades cubanas estão tomando todas as medidas necessárias para a restauração da ordem pública no interesse dos cidadãos do país no âmbito da Constituição nacional e da legislação interna em vigor".
"Consideramos inadmissível a interferência do exterior nos assuntos internos de um Estado soberano e quaisquer outras ações destrutivas que favoreçam a desestabilização da situação na Ilha", diz o texto.
Os protestos tiveram lugar em oito cidades, incluindo a capital do país, Havana. As marchas pró-governamentais e apoiadores comunistas ocorreram em cinco cidades, seguindo o apelo do presidente para agir em resposta. O próprio Días-Canel se juntou às marchas no município de San Antonio de los Banos da capital.
Em uma das cidades houve confrontos entre dois grupos, que começaram jogar pedras uns aos outros. Manifestantes também teriam saqueado uma loja e virado vários carros. Até o momento, não houve relatos de feridos.