Especialistas da empresa Arsenal – uma entidade subsidiária da agência espacial russa Roscosmos especializada no desenvolvimento de naves espaciais, satélites e outras tecnologias espaciais, sugeriram a criação de uma usina nuclear para uma futura base russa em Marte.
De acordo com a proposta, cujos detalhes foram obtidos pela Sputnik, propõe-se que a usina nuclear seja levada até órbita do Planeta Vermelho a bordo do rebocador Zevs e depois largada na superfície do planeta usando um sistema de paraquedas. Após o pouso, a usina seria ativada para fornecer energia a uma futura base marciana russa.
Além disso, os engenheiros dizem que, se o Zevs for colocado no ponto de Lagrange entre o Sol e Marte, ou seja, o ponto no espaço onde as forças gravitacionais destes corpos celestes são igualmente fortes, os sensores e transmissores de comunicação a bordo do Zevs podem operar como um "canal de alta velocidade para a transmissão de informações para a Terra a partir da superfície de Marte e de naves espaciais orbitando o Planeta Vermelho".
Anteriormente a Sputnik informou, com base em dados da corporação Roscosmos, que o rebocador espacial russo Zevs, com um sistema de propulsão nuclear de classe megawatt, seria capaz de desativar os sistemas de controle de naves espaciais adversárias usando um impulso eletromagnético, e até mesmo capaz de disparar feixes de laser.
Especialistas do Centro de Pesquisa Keldysh, em Moscou, sugeriram também que o rebocador pode ser usado como um componente da defesa antiaérea da Rússia, detectando alvos em órbita e transmitindo esta informação para sistemas de mísseis terrestres.
Em janeiro de 2020, a Roscosmos anunciou seus planos de lançar o primeiro rebocador movido a energia nuclear para testes em 2030 e iniciar sua produção em massa logo depois. O projeto é estimado em 4,2 bilhões de rublos (cerca de R$ 305,9 milhões).