EUA classificam reivindicações de Pequim sobre mar do Sul da China como 'coercitivas' e 'ilegais'

© Foto / Marinha dos EUA / MC3 Wade CostinUSS Russell navengando no mar do Sul da China, 17 de fevereiro de 2021
USS Russell navengando no mar do Sul da China, 17 de fevereiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 14.07.2021
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Nesta quarta-feira (14), Pequim e Washington voltaram a trocar comentários sobre o status legal do mar do Sul da China, cujas águas são disputadas entre cinco países da região.

Em uma videoconferência com os chanceleres dos Estados-membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês), Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, classificou as reivindicações da China de "ilegais".

"Os EUA apoiam os reclamantes do Sudeste Asiático contra a coerção [chinesa]", declarou Blinken, citado pela Reuters.

Blinken instou a ASEAN a tomar "ação imediata" em consenso e apontar um enviado, disse Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, em um comunicado.

Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, criticou o secretário de Estado norte-americano por encorajar as disputas em vez de tentar as resolver.

"É extremamente irresponsável que as relações entre países minem a paz e a estabilidade regionais", disse o diplomata, segundo o portal Sohu. Ele argumentou que os EUA ignoram "a perspectiva histórica e os fatos objetivos do problema. [...] Os EUA se consideram frequentemente um defensor do direito internacional e falam com frequência sobre a questão do mar do Sul da China. Contudo, ainda não aderiram à Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Por favor, adiram primeiro à Convenção", comentou Zhao.

Na segunda-feira (12), as Forças Armadas da China informaram que "expulsaram" um navio de guerra norte-americano que entrou em águas reivindicadas pelo gigante asiático perto das ilhas Paracelso, no mar do Sul da China. A Frota do Pacífico dos EUA, por seu lado, confirmou que seu navio de guerra navegou na área do arquipélago como parte de uma operação que visava reafirmar a liberdade de navegação na área.

Anteriormente, Washington alertou sobre supostas tentativas de Pequim de intimidar vizinhos com os quais tem disputas territoriais na região. Por sua vez, Pequim denunciou repetidamente os esforços dos EUA para desestabilizar a região e interferir no que considera serem seus assuntos internos.

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