Há cientistas que argumentam que ao caracterizarmos a mordida de um tubarão a uma pessoa um ataque, estamos alimentando noções desatualizadas destas criaturas, fazendo delas, basicamente, assassinos loucos, informa o tabloide Mirror.
A mudança na terminologia já foi confirmada, apesar de dados da Universidade da Flórida mostrarem que no ano passado existiram, pelo menos, 57 mordidas de tubarão que não foram provocadas no mundo inteiro. Na Austrália, seis das 18 mordidas dessa natureza foram fatais.
Ainda assim, e apesar da seriedade dos incidentes, é um número relativamente baixo quando comparado com a frequência com que as pessoas nadam no mar, segundo ativistas.
© AFP 2023 / Carl de SouzaTubarão-branco perto da costa da África do Sul
Tubarão-branco perto da costa da África do Sul
© AFP 2023 / Carl de Souza
Pesquisadores dizem que a linguagem utilizada é importante no modo em como se analisam as relações entre humanos e tubarões, evitando que as pessoas fiquem com medo de entrarem nas praias.
Leonardo Guida, um especialista em tubarões da Sociedade Australiana de Conservação Marinha, disse que esta mudança é importante, pois ''ajuda a dissipar suposições inerentes de que os tubarões são monstros devoradores de humanos vorazes e estúpidos'', citado pela mídia.