Na quinta-feira (15), em uma coletiva de imprensa com a chanceler alemã Angela Merkel, que estava de visita a Washington, Biden deu sua opinião e respondeu a questões sobre a situação de Cuba.
Pres. Biden tells CBS News' @stevenportnoy that "communism is a failed a system, a universally failed system." The president goes on to say that Cuba has failed its citizens. He says he's also determining if the U.S. has capabilities to reinstate internet access in the country. pic.twitter.com/p8MNPGmQLn
— CBS News (@CBSNews) July 15, 2021
Presidente Biden contou à CBS News que "o comunismo é um sistema falho, um sistema falho universalmente". O presidente continua dizendo que Cuba falhou aos seus cidadãos, adicionando que também está determinando se os EUA têm capacidade para restabelecer o acesso à Internet no país [Cuba].
No final, o presidente estadunidense acrescentou que "Cuba é, infelizmente, um Estado falho e está reprimindo seus cidadãos".
Joe Biden, no entanto, disse que havia "um número de coisas" que seu governo estaria considerando fazer para ajudar o povo cubano, mas "eles [cubanos] necessitariam de circunstâncias diferentes ou de uma garantia de que não seriam explorados pelo governo".
Algo que foi de imediato colocado fora de questão foi a possibilidade de cubanos vivendo nos EUA enviarem dinheiro para seus familiares, pois seria, nas palavras do presidente dos EUA, "muito provável que o Estado confiscasse esses bens, ou pelos menos grande parte deles". No entanto, Biden afirmou que estaria disposto a disponibilizar uma "quantidade significativa da vacina [contra a COVID-19]" a Cuba, caso alguma organização internacional pudesse administrar as doses "de um jeito que os cidadãos comuns pudessem acessar essas vacinas".
Joe Biden observou que o governo cubano havia, de fato, "cortado o acesso à Internet" e que Washington se encontra "considerando se temos capacidade tecnológica para restabelecer esse acesso".
Na verdade, o governador republicano do estado da Flórida, Ron DeSantis, escreveu à Casa Branca na quarta-feira (14) pedindo ao presidente que "aja imediatamente" para permitir que as empresas norte-americanas "forneçam acesso à Internet para o povo de Cuba".
Por sua vez, Francis Suarez, prefeito de Miami e também republicano, sugeriu que os EUA poderiam enviar uma intervenção militar para derrubar o governo de Cuba. Porém, Biden não considerou essa opção.
Por seu lado, Havana classificou os protestos do fim de semana passado de "provocação sistêmica" por dissidentes apoiados pelos EUA.
É importante sublinhar que Cuba produziu duas vacinas contra a COVID-19, mas o seu governo atual culpa Washington pelo fato de não conseguir inocular mais do que um quarto de sua população por causa da escassez de seringas causada pelo embargo dos EUA.