A descoberta, publicada na revista Biology Letters, ocorreu em uma mina de sal no Irã, a mesma onde oito "homens de sal" mumificados foram descobertos em 1993.
Uma análise de DNA, liderada por Trinity College Dublin, na Irlanda, revelou que a ovelha era geneticamente semelhante às atuais ovelhas da região, sugerindo que estes animais são descendentes diretos daqueles que viveram no local há 1.600 anos.
"Utilizando uma combinação de abordagens genéticas e microscópicas, a equipe conseguiu criar uma imagem genética de qual poderia ser a aparência das raças de ovelhas no Irã há 1.600 anos e como poderiam ter sido usadas", afirmou Kevin G. Daly, supervisor do estudo.
Além disso, a análise revelou que as antigas ovelhas seriam muito diferentes das encontradas nas fazendas norte-americanas na atualidade, já que não possuíam genes associados a uma cobertura de lã, mas sim pelos mais curtos, conforme cita a emissora CTV News.
1,600-year-old mummified sheep leg offers clues into ancient farming practices https://t.co/18o7NuTq7l pic.twitter.com/nYAdG5FMut
— CTV News (@CTVNews) July 18, 2021
Perna de ovelha mumificada de 1.600 anos fornece pistas sobre antigas práticas agrícolas.
Estas ovelhas também possuíam uma cauda mais larga e longa do que outras raças, e por isso são denominadas ovelhas de cauda gorda, raças que são comuns no Oriente Médio.
Sendo assim, a descoberta mostra que o antigo povo iraniano teria "administrado rebanhos de ovelhas especializadas para consumo de carne, sugerindo práticas pecuárias bem desenvolvidas", afirmou Daly.