O DNA único aos humanos apenas totaliza 7% de nosso genoma, um número baixo, que indica que temos mais em comum com nossos parentes pré-históricos do que se acreditava anteriormente, afirmam cientistas.
"Essa é uma porcentagem bem pequena", disse na sexta-feira (16) Nathan Schaefer, biólogo de computação da Universidade da Califórnia, EUA, e coautor do estudo publicado na revista Science Advances, à agência norte-americana Associated Press (AP).
"Este tipo de descoberta é a razão pela qual os cientistas estão se afastando do pensamento de que nós, humanos, somos tão vastamente diferentes dos neandertais", comentou.
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— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) June 25, 2021
O objetivo do estudo era determinar quais partes do DNA humano são específicas das pessoas modernas. Os pesquisadores examinaram 279 amostras de DNA de pessoas atuais, juntamente com o DNA dos restos mortais de neandertais e denisovanos, datados entre 40.000 e 50.000 anos atrás.
Uma parte ainda menor dos genes humanos pertence exclusivamente às pessoas que vivem hoje no mundo – 1,5%. Somente este extrato de nosso DNA contém informações valiosas sobre características distintivas da humanidade moderna, que é "na verdade uma espécie muito jovem".
"Podemos dizer que essas regiões do genoma são altamente enriquecidas por genes que têm a ver com o desenvolvimento neural e a função cerebral", disse Richard Green, biólogo computacional da Universidade da Califórnia, Santa Cruz, e coautor da pesquisa, à AP.
Joshua Akey, que publicou em 2014 um estudo que mostrava a presença de DNA neandertal nos humanos modernos, concordou que a mais recente pesquisa sublinha "que na verdade somos uma espécie muito nova".
"Não há muito tempo, compartilhávamos o planeta com outras linhagens humanas."