Anteriormente, o Wall Street Journal, citando dados dos serviços de inteligência, relatou que três cientistas do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, tiveram uma doença grave em novembro de 2019, tendo procurado assistência médica. O episódio reforçou os pedidos de investigação sobre um possível vazamento do coronavírus do laboratório. Em particular, os republicanos apontaram o aparecimento de sintomas específicos de COVID entre uma série de pesquisadores do laboratório de Wuhan no outono de 2019 e o envolvimento dos militares chineses no laboratório.
O instituto de investigação chinês contesta estas informações.
"Alguns relatos da mídia indicam que, em novembro de 2019, três funcionários do Instituto Laboratorial de Wuhan foram encaminhados ao hospital e tinham sintomas semelhantes à COVID-19. Isso é um absurdo. Se precisam estabelecer os fatos, isso é muito simples. É preciso que estes jornalistas digam os nomes dos três funcionários e tudo ficará claro. Nós propusemos isso há tempos, mas até agora não recebemos resposta", afirmou Yuan Zhiming.
Até o dia 31 de dezembro de 2019, o Instituto de Virologia de Wuhan nunca estudou nem enfrentou a COVID-19. O Instituto de Virologia de Wuhan nunca sintetizou, criou ou vazou a COVID. Além disso, nenhum funcionário ou estudante do instituto foi infectado com a COVID-19 até aquele momento", afirmou um representante do instituto.
O representante também sublinhou que não há evidências da origem artificial do vírus ou vazamento do laboratório.
"Os cientistas chegaram a um consenso de que a COVID-19 é de origem natural. Os especialistas publicaram uma declaração afirmando que não há evidências da origem artificial da COVID-19 ou de seu vazamento do laboratório", afirmou.
Em maio, os EUA anunciaram ter "provas circunstanciais" de que o surto de coronavírus poderia ter ocorrido devido a um vazamento do Instituto de Virologia de Wuhan.
Desde o início do surto, no final de 2019, surgiram diversas versões na mídia de que o vírus teria "vazado" do laboratório de Wuhan.
Os especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) visitaram o instituto em março de 2021, incluindo o laboratório BSL-4, onde teria ocorrido o suposto vazamento.
Mais de meio milhão de cidadãos chineses assinaram uma carta conjunta à Organização Mundial da Saúde apelando a uma investigação no laboratório do Exército dos EUA de Fort Detrick para "evitar" futuras epidemiashttps://t.co/OquZzY1v0B
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) July 19, 2021
Uma equipe liderada pela OMS passou quatro semanas na cidade de Wuhan e arredores com pesquisadores chineses e concluiu em um relatório conjunto, divulgado em março, que o vírus provavelmente foi transmitido de morcegos para humanos por meio de outro animal, chamando a versão de vazamento do vírus do laboratório de "pouco provável".
No entanto, 13 países, entre os quais os Estados Unidos, e alguns cientistas expressaram suas preocupações quanto ao relatório da OMS e exigiram uma investigação "transparente e independente" sobre a origem do vírus.
A China classificou a teoria de "absurda" e disse repetidamente que "politizar" a questão dificultaria as investigações.