Os EUA ajustarão o número de suas tropas no Iraque à medida que mudarem sua missão de operações de combate para um foco no treinamento e aconselhamento das forças locais, disse na segunda-feira (26) Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca.
"O verdadeiro anúncio hoje, ou a verdadeira notícia de hoje, devo dizer, é sobre uma mudança de missão, e os números serão dirigidos pelo que é necessário para a missão ao longo do tempo. Por isso, trata-se mais de mudar para uma maior capacidade de aconselhamento e treinamento do que temos tido nos últimos anos", explicou Psaki durante coletiva de imprensa.
Durante reunião nesta segunda-feira (26), Joe Biden, presidente dos EUA, conversou na Casa Branca com Mustafa Al-Kadhimi, primeiro-ministro do Iraque, e anunciou que a cooperação antiterrorista continuará, ao mesmo que terminará a missão militar norte-americana no Iraque.
Biden disse que o papel dos EUA passará a ser o de aconselhar e treinar as forças iraquianas, de forma a combater o Daesh (organização terrorista, proibida na Rússia e em vários outros países). Além disso, ele revelou que o país norte-americano enviará em breve doses de vacina contra o SARS-CoV-2 ao Iraque.
Na quinta-feira (22) o jornal Wall Street Journal citou representantes das administrações dos dois países, relatando que Washington e Bagdá pretendiam chegar a um acordo sobre a retirada das tropas norte-americanas da República Árabe até o final do ano.
Ao mesmo tempo, a mídia destacou que Washington e Bagdá pretendem sublinhar que a presença militar dos EUA "ainda será necessária no futuro para ajudar as tropas iraquianas na luta contra o Daesh".
O jornal The New York Times indicou no sábado (24), citando fontes do Departamento de Defesa dos EUA e da administração do presidente Joe Biden, que os norte-americanos poderiam manter o número de suas tropas no Iraque no mesmo nível, em cerca de 2.500 efetivos.